sábado, 15 de maio de 2010
Saudade Vai-te embora - canções de Júlio de Souza.
Possuo dois trabalhos de Júlio de Souza, este acima (editado em 1963 em Lisboa) e o outro intitulado : "Beijei a Lua - Poemas" editado em Lisboa em 1965.
O presépio de trapos
domingo, 18 de abril de 2010
Júlio de Souza no Blog de Alexandre Pomar
Júlio de Souza na Rev. Século Ilustrado 1947
A estátua de Salazar - autoria atribuida a Julio de Souza
Inportante lembrar que ao pé da estátua há uma assinatura que se assemelha muito a de Júlio de Souza. E Sob o pe´da estátua há uma anotação quase indelével em caneta esferográfica dizendo: "Faleceu em 27/07/70". No entanto sua biografia difundida na Internet diz que faleceu em "1966" - cfme. Paulo Vasko et alii, já citados neste blog.
Autógrafos - Júlio de Sousa
QUARTA-FEIRA, 24 DE OUTUBRO DE 2007
Júlio de Sousa (1906-1966), Beijei a Lua (1965). Capa e ilustrações do autor
Júlio de Sousa (1906-1966).
Mais conhecido como pintor, escultor, ilustrador e caricaturista (veja-se a sua notável caricatura de Josephine Baker em http://blogdaruanove.blogs.sapo.pt/216312.html), Júlio de Sousa havia publicado anteriormente três outros livros – dois de poesia, Jogo Perdido (1956) e História da Menina Triste (1963) e um de canções, Saudade, Vai-te Embora ! (1963).
A quase ignorada dedicação de Júlio de Sousa ao fado acabou por ser condensada na famosa canção homónima do título deste último livro – Saudade, Vai-te Embora!, um fado que, hoje em dia, poucos associam a este artista que vai caindo no esquecimento.
De Beijei a Lua transcrevem-se dois poemas, sem título:
"O poema que ainda não escrevi
é este.
É este o que mais sinto,
porque não falo de amor, de nuvens,
e de fado, e não minto...
Que todos me detestem
porque não visto
as roupas que outros vestem.
Não obrigo ninguém
a ser como eu,
mas não me obriguem
a descer do meu céu,
ou do inferno em que vivo...
Para ser cúmplice
de indesejáveis.
ninguém passou por mim
como os cães pelas árvores
dos "passeios públicos".
Que todos me detestem
porque não visto
as roupas que eles vestem,
e pareço, o que Sou.
Deus sabe
que não uso "gravata"
porque nenhuma me encantou..."
"Eu queria ser Domingo,
Amor,
Preguiça,
Flor
num livro de missa
e rosário
nas mãos duma criança,
bandeira verde
na janela da esperança
e campanário...
Eu ueria ser Domingo,
passear ao sol
contigo,
e beijar a Cidade
rua a rua,
e ser alegre como a Liberdade
que me prende a ti...
Eu queria ser Domingo
à sexta-feira,
a esta sexta-feira
em que nasci..."
© Blog da Rua Nove
Fonte: http://blogdaruanove.blogs.sapo.pt/224652.html 18/04/2010 – 11:30 hrs.
Júlio de Sousa (1906-1966), Beijei a Lua (1965). Capa e ilustrações do autor
Júlio de Sousa (1906-1966).
Mais conhecido como pintor, escultor, ilustrador e caricaturista (veja-se a sua notável caricatura de Josephine Baker em http://blogdaruanove.blogs.sapo.pt/216312.html), Júlio de Sousa havia publicado anteriormente três outros livros – dois de poesia, Jogo Perdido (1956) e História da Menina Triste (1963) e um de canções, Saudade, Vai-te Embora ! (1963).
A quase ignorada dedicação de Júlio de Sousa ao fado acabou por ser condensada na famosa canção homónima do título deste último livro – Saudade, Vai-te Embora!, um fado que, hoje em dia, poucos associam a este artista que vai caindo no esquecimento.
De Beijei a Lua transcrevem-se dois poemas, sem título:
"O poema que ainda não escrevi
é este.
É este o que mais sinto,
porque não falo de amor, de nuvens,
e de fado, e não minto...
Que todos me detestem
porque não visto
as roupas que outros vestem.
Não obrigo ninguém
a ser como eu,
mas não me obriguem
a descer do meu céu,
ou do inferno em que vivo...
Para ser cúmplice
de indesejáveis.
ninguém passou por mim
como os cães pelas árvores
dos "passeios públicos".
Que todos me detestem
porque não visto
as roupas que eles vestem,
e pareço, o que Sou.
Deus sabe
que não uso "gravata"
porque nenhuma me encantou..."
"Eu queria ser Domingo,
Amor,
Preguiça,
Flor
num livro de missa
e rosário
nas mãos duma criança,
bandeira verde
na janela da esperança
e campanário...
Eu ueria ser Domingo,
passear ao sol
contigo,
e beijar a Cidade
rua a rua,
e ser alegre como a Liberdade
que me prende a ti...
Eu queria ser Domingo
à sexta-feira,
a esta sexta-feira
em que nasci..."
© Blog da Rua Nove
Fonte: http://blogdaruanove.blogs.sapo.pt/224652.html 18/04/2010 – 11:30 hrs.
Julio de Sousa
Nasceu em 1906 e faleceu em 1966
Figura célebre da noite Lisboeta foi um ilustre faz-tudo no mundo da arte : escultor ,pintor , compositor , maquilhador de cinema , artesão de fantoches para o teatro de “Mestre Gil”
Foi também autor de muitos fados ainda hoje cantados no País inteiro como : “Saudade vai-te embora”, “Não se morre de saudade “,”Mau olhado”, “Vim para o fado “ etc
Grandes fadistas interpretaram os seus fados como Berta Cardoso, Fernanda Maria , Eduarda Maria , Natércia da Conceição , Celeste Rodrigues, Carlos do Carmo, etc.
As suas noites começavam sempre numa casa do Bairro Alto “A Baiuca “ ainda hoje existente e depois era a visita a todas as casas de fados onde se cantava o fado e confraternizava até de manhã !
Saudades desses tempos que não voltam mais ! Embora não sendo saudosista há coisas que nos deixam saudades como quando acabávamos a 2ª sessão do teatro iamos como que em peregrinação à “Viela “ ouvir a Beatriz da Conceiçao ou a Celeste Rodrigues
Ao Faia ouvir a Dona Lucilia do Carmo , Ao solar da Hermínia ouvir a minha diva Hermínia Silva , à “Adega Mesquita “ ouvir o Fernando Maurício ou a Eduarda Maria ,
À “Transmontana” ouvir Mário Rainho e com sorte encontrávamos o Ary dos Santos , enfim tempos bons ! que dificilmente se repetirão !
Foto da minha colecção de uma publicação da época com uma ilustração de Júlio de Sousa
Abraços e beijinhos
PAULO VASKO
Fonte: http://www.fotolog.com.br/luzesdaribalta/79729031 - 18/04/2010 – 10:55 hrs.
A foto ampliada desta reportagem abaixo
O que encontrei na Internet sobre Armando
Como Conheci Armando
Em 1980, quando eu residia na Rua Nilo Cairo em Curitiba, conheci ocasionalmente um vizinho da porta da frente do meu apartamento. Chamava-se Armando Augusto Pereira de Souza Malveira. Vivia só com um gatinho chamado Ygor. Um siamês.
Com o passar do tempo ficamos muito amigos. Ele trabalhava num atelier de costura da Cidade de propriedade de Eleuther Guimarães.
Muitas histórias há que contar sobre estes quase dois anos de relacionamento. Fomos verdadeiramente bons amigos.
Em 1982, em janeiro, ele se mudou para Lisboa,com o Ygor e tudo! Eu o auxiliei nesta mudança. Sobretudo a encaminhar o Ygor, para o qual viajar no mesmo vôo era um bocado complicado. Sua primeira carta de Lisboa vinha endereçada da Rua Marquez Sá da Bandeira, 124. Ele dizia ser próximo a Fundação Calouste Gulbenkiam. Hoje sei que há um parque com este nome ali próximo. Era a casa de Mariamélia de Souza que era sua tia. Segundo ele ela havia sido cantora de fado, em seus tempos. esta primeira carta está datada de 18/01/1982.
Em 1984, no dia 17/04/1984 suas cartas já vinham endereçadas da Rua do Almada,2 - Alfama/Lisboa.
Em 21/03/1985 recebo uma carta de Mariamélia confirmando uma informação que havia recebido por telefone de um primo de Armando, que ele havia realmente falecido. Segundo telefonema, isto teria acontecido próximo a dia 31/12/1984.
Ainda respondi a carta de Mariamélia, e nunca mais recebi nenhuma informação. Vinte e cinco anos se passaram e qui estou. Criei este blog em Memória de Armando, Mariamélia e de Júlio de Souza, que era igualmente tio de Armando.
Vou tentar com calma refazer os passos destes três personagens que um dia entraram na minha vida.
Meu sonho é saber onde estão enterrados os três, e levantar um pouco da história de les. Oxalá consiga realizar meu sonho!
Com o passar do tempo ficamos muito amigos. Ele trabalhava num atelier de costura da Cidade de propriedade de Eleuther Guimarães.
Muitas histórias há que contar sobre estes quase dois anos de relacionamento. Fomos verdadeiramente bons amigos.
Em 1982, em janeiro, ele se mudou para Lisboa,com o Ygor e tudo! Eu o auxiliei nesta mudança. Sobretudo a encaminhar o Ygor, para o qual viajar no mesmo vôo era um bocado complicado. Sua primeira carta de Lisboa vinha endereçada da Rua Marquez Sá da Bandeira, 124. Ele dizia ser próximo a Fundação Calouste Gulbenkiam. Hoje sei que há um parque com este nome ali próximo. Era a casa de Mariamélia de Souza que era sua tia. Segundo ele ela havia sido cantora de fado, em seus tempos. esta primeira carta está datada de 18/01/1982.
Em 1984, no dia 17/04/1984 suas cartas já vinham endereçadas da Rua do Almada,2 - Alfama/Lisboa.
Em 21/03/1985 recebo uma carta de Mariamélia confirmando uma informação que havia recebido por telefone de um primo de Armando, que ele havia realmente falecido. Segundo telefonema, isto teria acontecido próximo a dia 31/12/1984.
Ainda respondi a carta de Mariamélia, e nunca mais recebi nenhuma informação. Vinte e cinco anos se passaram e qui estou. Criei este blog em Memória de Armando, Mariamélia e de Júlio de Souza, que era igualmente tio de Armando.
Vou tentar com calma refazer os passos destes três personagens que um dia entraram na minha vida.
Meu sonho é saber onde estão enterrados os três, e levantar um pouco da história de les. Oxalá consiga realizar meu sonho!
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