quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Júlio de Souza (1906/1966) biografia e memória

Júlio de Souza * 1906 em Lisboa/Pt (na freguesia de Santos-o-Velho), +1966, cfme. citado pelo museu do fado (27/07/1970 cfme. Armando), Vivia circulando pelo Bairro Alto em Lisboa, especialmente em “A Baiuca”. Formou-se em Belas Artes em 1929 (com 23 anos) e dedica-se à ilustração de revistas e capas de livros, ao desenho de figurinos para teatro, à cenografia, à pintura e à escultura, e alcança grande sucesso com as caricaturais de barro, e mais tarde, de bonecos de trapo. A par destas atividades Júlio de Souza foi também declamador, compositor e poeta. Foi proprietário de uma casa de fados na Rua da Barroca, que manteve durante uns anos, onde expunha os seus trabalhos e declamava versos, envergando uma capa preta, acompanhado ao piano por Mariana Silva. É autor de alguns fados, um dos quais feito em parceria e com sua irmã, a fadista Maria Amélia, que o imortalizou gravando-o. In: http://www.museudofado.pt/personalidades/detalhes.php?id=323 - 11/10/2011 – 15:15 Hrs. A Freguezia de Santos-o-Velho onde Nasceu Júlio de Souza “Portugal/Divisões administrativas/NUTS/Região Lisboa/Sub-região Grande Lisboa/ Lisboa/Santos-o-Velho - Santos-o-Velho é uma freguesia portuguesa do concelho de Lisboa, com 0,51 km² de área e 4.013 habitantes (2001). Densidade: 7 899,6 hab/km².” In: http://www.memoriaportuguesa.com/santos-o-velho 12/07/2012 – 20:00 hrs. O Necrológio “Saudade...Vai-te embora – Por Vera Lagoa – Foi o fado mais célebre que o Júlio de Souza deixou. Quem o não conhecia, pelos seus desenhos, pelas suas esculturas – que eram belas -, pelos seus quadros, conhecia-o como autor do “saudade...vai-te embora”. Estava fora de Lisboa quando Júlio morreu. Tive pena de não o ter podido acompanhar, tanto mais que soube (com tristeza, mas não com surpresa) que poucas pessoas o tinham feito. Se todos aqueles que ele pintou lhe fossem reconhecidos, o Júlio teria tido um grande acompanhamento. Foi uma figura da cidade, mais uma figura original que desapareceu para dar lugar a centenas de pessoas iguais O Júlio não era simpático. Não era fácil gostar dele. Mas era diferente. E soube morrer a tempo. Nada tinha a ver agora com esta nossa Lisboa, embora não fosse velho. Era uma personagem “belle époque”. Lembro-me de quanto me impressionou a minha última ida à sua “casita” de fados no Bairro Alto (A Baiuca*1). Era um mundo à parte. Abria-se a porta e deparava-se com pessoas que já tinham morrido, mas que não o sabiam. Tudo estava de acordo com o ambiente, menos nós. E não nos sentiamos bem. É por isso que digo que ele morreu a tempo. O meu elogio fúnebre do Júlio, não será convencional. Mas ele tê-lo-ia entendido. A última vez que o vi, deu-me uma rosinha vermelha, de papel, confrangedora. E cantou-me: “Quero aprender a amar/Tenho Beijos para dar/Que nunca foram dados...” Todos nós, Júlio, todos nós... In: Jornal “Diário Popular” 02/09/1966 – Coluna “Bisbiliotices” de Vera Lagoa. Obs. “A Baiuca “ (*1) citado em: Fotolog Luzes da Ribalta de Paulo Vasko/Lisboa/PT O Colaborador de outros artistas: Júlio de Souza em colaboração com Fernando Alves de Souza *1922 em Lisboa/PT +2012 em Lisboa/PT. (...) “Fernando Alves de Sousa nasceu em Lisboa, em 1922. Estuda no Liceu Camões e em colégio particular.” (...) “Faz a vida militar como enfermeiro no Hospital Militar da Estrela. Faz ilustração de livros e cenários para o Teatro de Marionetas, em colaboração com o escultor Júlio de Sousa, poeta Santa Rita, compositora Manuela Bonito e Luís de Oliveira Guimarães, entre outras atividades.” Up: Ubi (Universidade da Beira Interior) Informa ed. 315 | 7 a 13 julho 2012 - In: http://ubinforma.ubi.pt/arquivo/292/destaque1.html 1) Como Fadista: Sobre Júlio de Souza/Fadista Entrevista concedida por: (...) “Carlos Manuel Moutinho Paiva dos Santos Duarte, Camané, nasceu em Oeiras há trinta e tal anos. Desde petiz que canta o fado, por via dos pais que possuem uma monstruosa discografia do género, a ponto de, em 1979, ter ganho a Grande Noite do Fado. Uma conquista que lhe abriu as portas para outros voos - a gravação de um álbum (entretanto esquecido) produzido por António Chaínho - mas que, mais tarde, o levaram a abandonar os ambientes de fados e guitarradas. Voltou depois, já maior e vacinado, para o percurso das casas de fado e para participar no elenco de várias produções de Filipe La Féria.” (...) “As coisas aconteceram por acaso. Numa conversa entre mim, o José Mário, a Manuela de Freitas e a Aldina Duarte, expressei o desejo de que este fosse um disco a falar de Lisboa e do ambiente da cidade. No álbum anterior, no último tema, já se fazia essa ligação pois eu cantava "quando Lisboa adormece e devagar anoitece, acorda a luz do meu dia". Foi por isso que quis ir buscar poetas mais populares e mais ligados ao fado, como Linhares de Barbosa e Júlio de Sousa.” (...) “É preciso ser-se fadista a cantar. O fado vive muito da palavra: se não for um fadista a cantar não é fado. Há muitas pessoas que cantam o fado, mas soa lamechas. Um fadista tem uma forma muito séria de lidar com as palavras e de usar as palavras nos fados tradicionais. O que as pessoas sentem hoje é precisamente o mesmo que sentiam há 50 anos e isso, naturalmente, reflecte-se nas letras que escrevem para mim. São coisas intemporais. Neste caso, a recolha que a Aldina fez dos poemas do Linhares de Barbosa e do Júlio de Sousa tem a ver com isso.” (...). In: http://www.arlindo-correia.com/060102.html 10/07/2012 – 23:45 Hrs. 1930 - Uma Entrevista de Júlio a um Jornal “O Fado na escultura. Ao jovem escultor Júlio de Souza há muito que devíamos este panegírico, porque o nosso jornal, porta-voz do Fado, nunca esqueceu quem ao Fado entrega a divina virtude da vida – a Arte. Desde o cantador que a êle sacrifica a sua melodiosa voz, ao músico que o engrandece, acordando a todos os instantes nos seus instrumentos novas modalidades; desde o pintor que o reproduz na tela com o poder de sua inspiração que se derrama na maravilha das côres, desde o poeta que constantemente busca no seu extro novos versos para o exultar, ao prosador que o burila na novela e no artigo, a todos temos festejado com as flores da nossa admiração,embora que em modestas biografias e entrevista. Júlio de Souza, que vamos apresentar aos nossos leitores, é uma figura insinuante, pela tristeza que si dimana. Sempre vestido de negro, grenha ao vento, moreno, o seu todo ficava bem ilustrando um conto de Pöe. Ora se ennvolve na sua capa de estudante, ora se esconde no seu casaco negro. Porém, esta obstinação pelo preto, que a muita gente parecerá um rótulo antecipadamente preparado, é natural feição, reflexo da sua alma. Ao derredor do artista quanto se tem inventado de romântico! Tôdas as tragédias que o amor cultiva lhe têm atribuido, quando, finalmente, êle não é mais que um sonhador, um triste...Caro leitor, este retrato que acabamos de oferecer-te, não é duma personagem de Shakespeare, mas sim do primeiro escultor que modelou no barro e no gêsso o nosso tão adorável Fado. Mas, é também o inspiradíssimo autor da música do “fado da Loucura”, e, como se tudo isto fôsse pouco, o nosso artista é ainda poeta e tem versos primorosos. Êste labôr artístico que nós conheciamos, provocou a rápida entrevista que se segue. Porque, queiram ou não queiram os inimigos do Fado, nós os fadistas, bebemos sempre com prazer e anciosa oucura a linfa que brota dos mananciais do Belo. À hora indicada batiamos à porta do mago fadista que nos introduziu cerimoniosamente no seu gabinete; logo se esboçaram aos nosos olhos retratos e figurasconhecidas do Teatro, nas Letras, etc. Aí também o negro e o rôxo, as côres prediletas do escultor, punham manchas maçónicas. O sol coando-se através dum amplo cortinado, lambia gulosamente com a sua língua de fogo os lambris negros do aposento e a fimbria dos resposteiros de igual côr, impondo solenidade ao derredor. – Desejamos ver a sua estátua “O Fado”. – Um Fado, deve dizer. – Como nasceu em você, a idéia de materializar o nosso Fado? – Todo o artista deve pôr o seu Sentimento ao serviço da sua Arte. “Ora, o Fado é a canção que mais fala à minha sensibilidade, daí o eu dar forma e corpo a essa canção. – Porque o pintou de rôxo ? – Se é a cor da saudade, a divina cor do Fado! ... – Há quanto tempo o fez ? Concluí-o há ano e meio aproximadamente para expôr no “Salão Bobone”. - Que disse a crítica ? – Bem, alguns acusaram-me de fadista e fizeram sussurro dizendo que havia cedido na minha rte à morbides da minha paixão pelo Fado. – E Você ? - Respondi-lhes que não tinham alma, que não compreendiam a imensa doçura do Fado. – A que se destina o seu trabalho ? – Fi-lo e ofereci-o ao meu modelo, à minha irmã. Neste momento entra no gabinete a atriz Mariamélia, o modêlo, que ouvindo a nossa pregunta nos diz: - Quando eu morrer ofereço-a à “Casa dos Fadistas”. – à “casa dos Fadistas” ? – Sim, os fadistas ainda hão-de ter uma casa. Agora o nosso entrevistado continua. – Para Mariamélia o fiz, ela lhe dará os destino que quizer. – Disseram-nos que tem núsicas suas ? – Sim, eu cultivo o Belo. o “Fado da Loucura”, de que minha irmã foi criadora, também lho ofereci. – Bravo ! Mas o “Fado da Loucura” é uma autêntica glória. Senão estamos em êrro foi o Britinho quem escreveu os versos ? – Parte dessa letra é dêsse belo poeta, porém o refrain é meu, E trauteia: Chorai, chorai, Guitarras da minha terra, etc. etc. – Notamos que tem uma voz deliciosa! – Favores d’amigo...É verdade que mo têm dito muita vez, mas, canto só para mim. Cêo o lugar de cantador ao meu irmão João. – Pelos geitos também é poeta ? – Como eu lhe disse procuro para minha existência tôdas as manifestações da arte, todavia as musas andam-me muito arredias. – Muito prazer teríamos em registar nesta palestra uma quadra dua. Pois sim, tome nota. Se meu coração falasse, Diria o que eu não direi; Amo-te muito e no entanto, Digo que nunca te amei. Que escola segue na escultura ? – Vou dedicar-me à decorativa, farei por ser moderno mas não ser excêntrico. – Tem mais algum fado seu ? – Tenho mais dois: O “Fado Mariamélia” cuja letra é Tristalina, pseudônimo que encobre o nome duma distinta senhora, o “Fado do Montijo” para versos “Alexandrinos”. Marianélia que tem andado nas salas interiores cantando como alegre filomela aparece-nos de guitarra e oferece-se para cantar. Pedimos-lhe que nos dê uma idéia do Montijo. O nosso entrevistado pega na guitarra e toca o seu fado enquanto Mariaméilia canta uns versos dum exemplar do nosso jornal que por acaso nos acompanhava. Fora encantadora a hora que estivemos em casa dêsses artista No que a princípio julgaríamos loja duma sociedade secreta encontrámos nós a mais franca, a mais salutar jovialidade. A delicadez do nosso entrevistado forçou-nos a tomar um “pôrto” magnífico que foi o ponto final desta soberba entrevista. Saímos orgulhosos do Fado ser o motivo primacial daquelas duas almas: o escultor que reproduz no barro e no gesso a beleza da cantadeira; a cantadeira que reproduz no som de sua voz os versos a música do escultor. UP: GP/1930/Lisboa/PT Seus Fados (composição) a) “Saudade Vai-te embora” – gravado entre 1960/1970 por Fernando Maurício e Francisco Martinho - Citação sobre este fado: “A quase ignorada dedicação de Júlio de Sousa ao fado acabou por ser condensada na famosa canção homónima do título deste último livro - Saudade, Vai-te Embora!, um fado que, hoje em dia, poucos associam a este artista que vai caindo no esquecimento.” In: http://blogdaruanove.blogs.sapo.pt/224652.html 18/04/2010 – 11:30 hrs. In: http://www.museudofado.pt/personalidades/detalhes.php?id=323 13/08/2011 – 23:15 hrs Em 05/1960 - ESTER DE ABREU (Ester de Abreu Pereira) *25/10/1921 Lisboa, +Portugal - 24/2/1997 Rio de Janeiro, RJ grava em 78 RPM Lado 1 - Saudade Vai-te Embora ( de Julio de Souza). In: http://www.cantorasdobrasil.com.br/cantoras/ester_de_abreu.htm 21/03/2011 – 17:40 Hrs. b) “Loucura ou Fado da Loucura” - Criação de Mariamélia, letra de Frederico de Brito, e Júlio de Souza autor do refrão e da música (*2) - gravado entre 1960/1970 por Mariamélia (*2) Fernando Maurício (*1/*2), Fernando Maria (*1) e Francisco Martinho – tornou-se sucesso na voz de Berta Cardoso. O fado também foi interpretado por Lucília do Carmo (*2), Mariza (*2) e Carlos Zel (*2), e, por Celeste Rodrigues (*1) e Amália Rodrigues (*1). (*1) In: In: http://elfado.x-centrico.com/?cat=95 23/08/2011 – 23:50 hrs. (*2) In: In: http://fadocravo.blogspot.com/search/label/Fado%20Loucura 23/08/2011 – 23:oo hrs. Letra do Fado “Loucura” - Versão oficial Sou do fado/Como sei/Vivo um poema cantado/De um fado que eu inventei/A falar/Não ponho a alma a cantar/E as almas sabem escutar-me/(Novo verso)/Chorai, chorai/Poetas do meu país/Troncos da mesma raiz/Da vida que nos juntou/E se vocês não estivessem a meu lado/Então, não havia fado/Nem fadista como eu sou/(Novo verso)/Esta voz tão dolorida/É culpa de todos vós/Poetaz da minha vida/É loucura, ouço dizer/Mas bendita esta loucura de cantar e de sofrer/(Novo Verso)/Chorais, chorai/Poeta do meu país. (Conforme cantado por Berta Cardoso no Salão Artístico de Fados – Coliseu dos Recreios - do Parque Mayer em data não identificada). Letra do fado “Loucura” na versão Publicada por “Fadista” em 21.7.05 (Letra original do Fado Loucura – SIC) É loucura querer-te bem/sou irmã da desventura/tinhas razão minha mãe/É loucura adorar-te/estar sedenta de ternura/sem mesmo poder beijar-te/(Novo verso)/Chorai, chorai/guitarras da minha terra/o vosso pranto encerra/minha vida amargurada/E se é loucura/amar-te desta maneira/quer eu queira, quer não queira/não posso amar-te calada/(Novo verso)/Hei-de ser sempre tua/hei-de subir e descer/os degraus da tua rua/Adorado, serei louca/mas a loucura é bem pouca/para o que tenho passado/(Novo verso)/Chorai, chorai. In: Publicada por Fadista em 21.7.05http://fadocravo.blogspot.com.br/2005/07/loucura-no-jansen.html 12/07/2012 – 19:00 Hrs. c) “Alvorada” - gravado entre 1960/1970 por Fernando Maurício e Francisco Martinho d) “Mais um fado no fado”(letra de Júlio de Souza) – Cantado pelo Camané In: http://palavrasquemetocam.blogspot.com/2010/03/julio-de-sousa-mais-um-fado-no-fado.html 23/08/2011 – 22:40 hrs Letra do fado “Mais um fado no fado” Eu sei que esperas por mim/Como sempre, como dantes/Nos braços da madrugada.../Eu sei que em nós não há fim,/Somos eternos amantes,/Que não amaram mais nada./(Novo verso)/Eu sei que me querem bem,/Eu sei que há outros amores/Para bordar no meu peito./Mas eu não vejo ninguém,/Porque não quero mais dores/Nem mais baton no meu leito./(Novo verso)/Nem beijos que não são teus,/Nem perfumes duvidosos,/Nem carícias perturbantes,/E nem infernos nem céus,/Nem sol nos dias chuvosos,/Porque inda somos amantes./(Novo verso)/Mas Deus quer mais sofrimento,/Quer mais rugas no meu rosto/E o meu corpo mais quebrado.../Mais requintado tormento,/Mais velhice, mais desgosto,/E mais um fado no fado. - (Poema cantado em forma de Fado pelo Camané.) In: http://palavrasquemetocam.blogspot.com/2010/03/julio-de-sousa-mais-um-fado-no-fado.html 23/08/2011 – 22:40 hrs e) “Não digas a Ninguém” – Cantado por Natércia. Gravado também na França, Inglaterra, Holanda. Citado por Eurico Mendes em New Bedfor/MA/USA: “(......) Não sei se sabes, Natércia, mas o teu maior sucesso, "Não Digas a Ninguém", continua a ser editado em França, Inglaterra, Holanda e outros países. Se calhar, estás ricas sem saber. Trata-se de um fado de Júlio de Sousa, que escreveu também "Saudade Vai-te Embora", criado pela Berta Cardoso. Era artista plástico, caracterizador de cinema, ilustrador dos livros da Maria Lamas e caricaturista em pano. Júlio de Sousa faleceu aos 60 anos, em 1966 e foi um tipo genial, ainda que por vezes parecesse saído do Júlio de Matos. Os fados do Júlio de Sousa iniciaram-me no fado, assim como os da Ercília Costa iniciaram o meu pai, que era da região de Coimbra mas fez a sua vida com um café em Cacilhas (Central de Cacilhas). Gostava tanto do fado de Lisboa como de Coimbra, considerando que ambos tinham que ser bem cantados e a diferença é que um usava capa e batina e o outro xaile. (...)” Up: Excerto de Portuguese Times – Expressamendes de Eurico Mendes, texto intitulado Querida Natércia In: http://www.portuguesetimes.com/Ed_1823/util/beat.htm 23/08/2011 – 23:40 hrs. e) “Não se morre de Saudade” g) “Mau Olhado” h) “Vim para o Fado” – 9ª. Faixa do Disco “Dez fados Vivivdos” de Carlos do Carmo. In: http://www.g-sat.net/fado-1465/carlos-do-carmo-dez-fados-vividos-142183.html 23/08/2011 – 23:47 hrs; Letra do Fado “Vim para o fado” i) Vim para o fado e fiquei.../Sou corda de uma guitarra/A que mais geme e soluça/E em vez de vestir samarra/Uso a sombra de uma capa/Que me tapa e me destapa/Se o meu corpo se debruça/(Novo verso)/Se quizeres saber de mim/Onde me perco encontrado/Pergunta aos guardas da noite/Pergunta às portas fechadas/Pergunta às mulheres compradas/Pelo fantasma do fado/E aos fadistas tambéPorque todos me conhecem/Mas se vires que me entristecem/Nào digas à minha màe /Jà tenho novos amigos/Que me oferecem de beber/Mas ninguém mata esta sêde/Esta sêde de esquecer./(Novo verso)/Vim para o fado e aqui/Em cada noite perdida/Mais fado hà na minha vida/E mais me lembro de ti/Do amor que nào te dei/Vim para o fado e fiquei ! In: http://www.vagalume.com.br/carlos-do-carmo/vim-para-o-fado.html 23/08/2011 – 23:40 hrs. j) “Vida Triste”(Júlio de Sousa/J.F. Brito) Up: Sucena, E., Lisboa - o Fado e os Fadistas, Editora Nova Vega e Autor, 2008. In: http://soldadodofado.blogspot.com/2009/08/arquivos-do-fado-maria-alice.html 23/08/2011- 24:oo hrs. k) “Foi ontem” - na voz de Amália Rodrigues Letra do Fado “Foi ontem” Foi ontem que lembrei o meu passado/E o fantasma remorso deu-me um beijo/Só ontem percebi tudo acabado/À luz crua da vida em que me vejo/(Novo verso)/Um filho desse amor, amor pecado/No meu pecado vivo se tornou/E chora e fica triste/Sempre que canto este meu fado/Um fado de um amor, que o amor matou/(Novo verso)/Foi ontem como hoje/E sempre, sempre, o que há-de vir/Oh Deus dá-me sossego p’ra dormir/(Novo verso)/Foi ontem que fechei os olhos teus/Mas novamente veio a Primavera/E eu que julgava ter fechado os meus/Outro ninho teci com folhas de hera/(Novo verso)/Foi ontem que fugiu, outra o levou/Porque será que tudo me castiga/Porque será que eu canto/Esta toada, esta cantiga/Que a experiência da vida me ensinou/(Novo verso)/Foi ontem como hoje/E sempre, sempre, o que há-de vir/Oh Deus olha por mim, quero dormir. In: Publicada por fadomaior em 22/07/2011 às 13:44 / http://amalia-fado.blogspot.com/ 23/08/2011 – 24:10 hras. k) “Belos Tempos” Gravado por (entre Outros) Sérgio Nunes, Vencedor da Final BIG Show SIC - no LP “Lenda da Fonte” Faixa 5 In: http://nunes-sergio-nunes.blogspot.com/p/lenda-da-fonte.html 23/08/2011 24:11 hrs. 2) Como poeta e escritor Sobre suas publicações Júlio de Sousa havia publicado anteriormente três outros livros – dois de poesia, Jogo Perdido (1956) e História da Menina Triste (1963) e um de canções, Saudade, Vai-te Embora ! (1963). In: http://blogdaruanove.blogs.sapo.pt/224652.html 18/04/2010 – 11:30 hrs. Suas Publicações a) JOGO PERDIDO. Poemas. 1956 (Lisboa. S. d.). 16,5x23 cm. III-60-I ff. E. b) HISTÓRIA DA MENINA TRISTE. Agência-Geral do Ultramar. Lisboa. 1962. 15,5 x 22 cm. 42 - 11 págs. c) SAUDADE VAI-TE EMBORA – 1963 - Citação sobre este livro: “A quase ignorada dedicação de Júlio de Sousa ao fado acabou por ser condensada na famosa canção homónima do título deste último livro - Saudade, Vai-te Embora!, um fado que, hoje em dia, poucos associam a este artista que vai caindo no esquecimento.” In: http://blogdaruanove.blogs.sapo.pt/224652.html 18/04/2010 – 11:30 hrs. d) BEIJEI A LUA. Poemas. Lisboa. 1965. (Tipografia Ideal). 7,5x23.5 cm. 61-VII págs. E. 3) Como Artesão: Homenagem a Júlio de Souza no “Museu da Marioneta “Vamos brincar às marionetas? O que fazem a Leopoldina, a Quitéria e o Simão com o Gendarme Francês e uma cabeça de Bunkaru do Japão? Estão todos juntos no Museu da Marioneta à espera de proporcionar-lhe uma bela e colorida tarde. O Museu da Marioneta, aberto ao público em 2001 no Convento das Bernardas, é hoje um espaço único em Lisboa. O seu acervo inclui marionetas de todo o mundo. Aqui estão representados os principais países da Europa, mais locais tão longínquos como a Indonésia, o Japão ou o Brasil. Os materiais também são surpresa. Desde as já conhecidas marionetas de madeira e tecido a peças verdadeiramente únicas de cortiça, metal e – imagine-se! – pasta de arroz. Ao longo das suas salas, animadas com audiovisuais e maquetas de espectáculos, estão representados alguns dos melhores marionetistas portugueses. Presta-se aqui homenagem a Faustino Duarte, Lília Fonseca e Júlio de Sousa. Para as crianças, este espaço é um mundo de brincadeira. A elas estão reservadas quatro salas, numa das quais pode organizar a festa de aniversário do seu filho, que inclui uma visita guiada ao museu, um pequeno atelier de marionetas e uma lembrança a todas as crianças. Paga-se €8 por criança. Nas restantes salas, os mais pequenos podem realizar actividades como a construção de uma marioneta (que pode ser de luva, vara ou fios), pintura ou a manipulação de sombras. In: http://www.seleccoes.pt/vamos_brincar_%C3%A0s_marionetas 11/07/2012 – 21:30 hrs. As Marionetas Os Fantoches para o teatro de “Mestre Gil” e outros 356, dos quais citamos alguns abaixo encontram-se retradas e disponíveis via internet no Museu da Marioneta Algumas marionetes das 356 do acervo : Alves da Cunha, Viúva Carolina, Figura de Ficção I, Figura Feminina I, Arnaldo Assis Pacheco, Berta Cardoso, António Silva, Marques de Pombal, Ribeirinho, Cabeçudo, Hermínia Silva, Maria Matos, etc. In: http://www.museudamarioneta.pt/gca/?id=82&idcolec=3&pais=13&tecnica=0&keyword=J%FAlio+de+Souza&p=3 11/07/2012 23:20 Hrs. As Bonecas de Pano 17/05/1947 - Júlio e os seus bonecos de trapos. “Júlio de Souza é um artista poliédrico. A sua arte tem várias facetas: é escultor, ceramista e também um originalíssimo artífice de bonecos de trapos. É difícil falar-lhe, porque os seus afazeres são muitos. Para lhe tirar todo o tempo bastaria neste momento a obra que tem em mãos: a composição dos fantoches para o Teatro de Mestre Gil. Consigo, porém, roubar-lhe alguns minutos. A nossa conversa durou, mas nesse pouco tempo muito disse. Confessou-me que foi o ver em pequeno as clássicas bonecas de trapos, nas feiras capelistas, que lhe deu mais a idéia de as realizar em arte. Sobre seu trabalho diz-me, a rir: - Dizem que toco muitos instrumentos mas, creia, se a vida não fosse tão curta, gostaria de tocar muitos mais... Como eu estranhasse o ter abandonado a maquilagem cinematográfica, respondeu-me: - Sabe porque deixei disso? Deixei-me, porque cheguei à conclusão de que em Portugal eu sou a única pessoa que não percebe nada de cinema.. E com esta afirmação modesta e irônica terminou a nossa conversa. MAGÉ. 4) Como Maquiador no cinema 13/03/1945 - Júlio como maquiador no Cinema: “Filme: "O Costa do Castelo" (1943). Realização de Artur Duarte; Produção de Tobis Portuguesa; Distribuição pela Companhia Portuguesa de Filmes; Argumento baseado na peça do mesmo nome, original de João Bastos; Adaptação e sequência cinematográfica de Fernando Fragoso; Decoração de Antero Faro; Canções de António Melo; Caracterização de Júlio de Sousa; Intérpretes: Maria Matos, Milu, Teresa Casal, Maria Olguim, Hermínia Silva, Isabel Carvalho, Dina Salazar, Virgínia Noronha, António Silva, Fernando Ribeiro, Manuel Santos Carvalho, João Silva, Luiz de Campos, Mendonça de Carvalho, António Sacramento, Vital dos Santos e Loubet Bravo. O filme teve a sua estreia no São Luiz a 15 de Março de 1943. Up: Museu Nacional do Teatro/Lisboa/PT. In: http://www.matriznet.imc-ip.pt/MatrizNet/Objectos/ObjectosConsultar.aspx?IdReg=189925 5) Como Pintor: Cerca de 1933/Transcrição de recorte de Jornal com crítica de uma exposição de Júlio assinada por A.P.: “Vida Artística – A exposição de pintura a óleo de Júlio de Souza. Este rpaz, palido e romantico, de camiza negra à italiana, que pouco fala e aparece, sem camaradagens que o exaltem, nem amigos que o façam triunfar, merece, como poucos, a classificação de artista, hoje tão banalizada e desfigurada. Tem uma alma profunda, de silenciosa sensibilidade, e um olhar penetrante, que ora disseca as formas, numa arquitectura exemplar de linhas, ora as veste, sumptuosamente, de brocados com o requinte e o colorido dum Bakst. Júlio de Souza supõe-se, apenas, um desenhador que, nas horas vagas, pintasse, por deleite espiritual, sem sair da zona íntima, meia dúzia de retratos. Será uma e outra coisa, mas sobretudo um extraordinário decorador, duma garra empolgante, criadora, capaz de encher duma opulenta e deslumbrante indumentaria os nossos palcos de revista – tão pobrezinhos na sua mediocre decencia. A sua galeria de caricaturas é um modelo no genero. Traço pessoal, duma sintese quase inverosimil, com expressões sempre felizes. Não precisa da fisionomia integral do modelo. Basta-lhe um pormenor de ele tira, com facilidade e sempre com elegancia, o carater, a atitude, o ridiculo de toda a figura. Citamos entre outros, Lucilia Simões, em que Júlio de Souza foi ligeiramente cruel; Ferreira da Cunha, caracterizado pela gordura, sem que o seu rosto seja necessário para o reconhecermos; o quadro dos bailados de Francis, que é um estudo maravilhoso de decomposição de movimentos; Maria Sampaio, vizível, apenas, por uma pupila e um rasgão vermelho e violento da boca; Armando Rodrigues, Almada Negreiros, Maria Laura, Brunilde Judice – expressivos, sinteticos, completos. Todos eles são caricaturas – mas de arte e que, como tal, devem ser vistos. Júlio de Souza apresenta também algumas telas de valor. O retrato “Mãi” é forte, duma bela e severa atitude. Plástica escultural, duma eloquência quase simbólica. Mãi – fonte da vida, nobre nas suas atitudes de abnegação, pronta a lutar com a dor, para lhe arrancar a vida que criou. “Mariamélia” é dum modernismo equilibrado, em que a cor ligeira e subtil brinca com o modelo, dando-lhe claridade e suavidade. Devemos citar ainda algumas “fantasias” de revista – “Coisas de teatro que não vão à cena” – talvez por serem maravilhas de indumentária e “Loiça das Caldas” barros e gessos, em que há uma Beatriz Costa, graciosa, e uma Marlene Dietrich, que é um monumento de elegancia plásticas, em linhas definitivas. A.P.” In: http://fadocravo.blogspot.com/search/label/Fado%20Loucura 23/08/2011 – 23:oo hrs. Sem data – Fotografia de uma pintura (assinada por Júlio de Souza), representando seu Sobrinho Armando Pereira de Souza Malveira no Exército portugues. A obra original pertenciam ao seu sobrinho, e fazia parte de seu acervo que permaneceu no Brasil com o Autor. A pintura retornou com Armando para Lisboa onde faleceu em Janeiro de 1985. 6) Como Ilustrador: Em 1930 - Caricatura de Josephine Baker, publicada no Magazine Bertrand, no. 41, de maio de1930 - Mais conhecido como pintor, escultor, ilustrador e caricaturista. (veja-se a sua notável caricatura de Josephine Baker em http://blogdaruanove.blogs.sapo.pt/216312.html), Em 1935 - "Quatro cartões anunciando a revista Milho Rei (1935), onde Júlio de Sousa fixou, com o seu traço inconfundível, criações muito populares: 1) Maria das Neves na célebre canção 'As Carvoeiras'. 2) A parelha Lina e Salvador no bailado cómico 'Serapião do Fado'. 3) Ricardo Santos Carvalho no compère 'Zé Zabumba'. 4) Mirita Casimiro no frenesim da 'Rita da Lata'" Up: Do livro "Passa por Mim no Rossio", de Filipe La Féria, 1991. In: Revista Ilustrada Em 1937 – “Chego ao trabalho e recebo um presente. Um livro escrito para a criançada por Maria Lamas, com o pseudónimo de Rosa Silvestre. A capa é de Júlio de Sousa. O livro pertencia a Maria do Carmo Bessa e foi adquirido em Pangim, com a datação de 1937. Grande viagem para tão pequeno livro. Mas o tamanho nada quer dizer. É uma preciosidade. Os Brincos de cerejas, Editorial Século, novela infantil, escrito em 1935.” Em 1944 – BOTTO, ANTÓNIO. – “O LIVRO DAS CRIANÇAS”. Lisboa. Ed. da Livraria. Eclética. 1944. In-8º gr de 123-X págs. E. - Aprovado oficialmente nas escolas da Irlanda e com a aprovação em Portugal de Sua Eminência o Senhor Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Gonçalves Cerejeira. Ilustrado por Júlio de Sousa. Livro estimado, adornado com vários desenhos intercalados nas páginas de texto. 50,00 € 7) Como Escultor: Em 1929 – Catálogo da Exposição de pintura, escultura e desenho de Lázaro Velloso, Júlio de Souza e Tagarro, catálogo publicado em Lisboa (Salão Bobone, 1929), 2p. - com preços das obras, Ilustração – Galeria Bobone/Sevilha/ES. No. da cota AHP- 2108 - In: http://www.biblartepac.gulbenkian.pt/ Em 1938/39 – Peças no Museu da Música no site do Museu Nacional do Teatro – ”FICHA DE INVENTÁRIO/Museu: Museu da Música/N.º de Inventário: MM 1332/Supercategoria: Arte/Categoria: Escultura/Denominação: Cabeça em Gesso/Título: Maria da Graça Amado da Cunha/Autor: Júlio de Sousa/Local de Execução: Lisboa/Centro de Fabrico: Lisboa/Oficina/Fabricante: Júlio de Sousa/Datação: 1938 d.C. - 1939 d.C. – Modernismo/Matéria: Gesso, acrílico/Suporte: gesso/Técnica: gesso monocromado/Dimensões (cm): altura: 21; largura: 28; comprimento: 30/Descrição: Molde de cabeça em gesso de cor castanha (tijolo escuro) da autoria de Júlio de Sousa representando a pianista Maria da Graça Amado da Cunha, aluna de Vianna da Motta. A escultura é escavada sendo visivel a matéria branca (gesso) de que é feita. Trata-se de um retrato terçado para a direita, onde se apresenta de cabelo solto, puxado para trás e com alguma ondulação onde se destaca um rosto de linhas bastante equilibradas e harmoniosas. A pianista Maria da Graça Amado da Cunha foi uma das mais distintas interpretes da obra de Fernando Lopes-Graça, a quem conheceu através da sua professora Francine Benoit. Foi aluna de Luís de Freitas Branco e Vianna da Motta no Conservatório Nacional./Incorporação: Doação - Doação do Dr. Pedro Avelar (pintor) e Teresa Avelar, filhos da pianista Maria da Graça Amado da Cunha./ Origem / Historial: Feita pelo escultor pintor, escultor (também pintor, ilustrador, caricaturista e poeta) Júlio de Sousa para oferecer à modelo, a pianista Maria da Graça Amado da Cunha.In:http://www.matriznet.imc-ip.pt/MatrizNet/Objectos/ObjectosConsultar.aspx?IdReg=41419 12/07/2012 – 18:25 Hrs. Em 1943, elabora sob encomenda da CAOPI (ZML), Comissão Administrativa das Obras da Praça do Império (Zona Marginal de Belém) documentada no Arquivo Histórico do Ministério das Obras Públicas um conjunto de dois baixos relevos com cenas alusivas a atividade rurais e piscatórias das diferentes provincias portuguesas (seis blocos no total, afixadas na fachada Oeste do Museu de Arte Popular. “Edifício do Museu de Arte Popular; Categoria/Tipologia: Arquitectura Civil/Edifício; Localização/Divisão Administrativa: Lisboa/Lisboa/Santa Maria de Belém; Endereço/Local: Avenida de Brasília/Lisboa” (...) Artistas que já haviam participado na empreitada de 1940 foram igualmente chamados para dar forma ao Museu, nomeadamente D. Tomaz de Mello, que dirigiu a campanha pictórica, Carlos Botelho, Estrela Faria, Paulo Ferreira, Barata Feyo e Henrique Moreira, aos quais se somam os nomes do pintor Manuel Lapa e do escultor Júlio de Sousa. No exterior foram mantidos os elementos escultóricos de Barata Feyo e Henrique Moreira, realizados para o pavilhão de 1940. (...) In: http://www.igespar.pt/pt/patrimonio/pesquisa/geral/patrimonioimovel/detail/70949/ 8) Como Figurinista de Teatro. Figurinos no Museu Nacional de Teatro. “(...) Quase contemporâneos daqueles, são o multifacetado Augusto Pina (1872-1938) – pintor e aguarelista, cenógrafo, decorador teatral, figurinista, chegando mesmo a director artístico do Teatro Nacional e Luís Salvador (1875-1949), cuja carreira artística se desenvolve, quase em exclusivo, no meio teatral que é, no fundo, também a sua família – é filho do empresário teatral Salvador Marques e pai do grande actor Eugénio Salvador - representados nesta colecção por alguns trabalhos executados já nas primeiras décadas do séc. XX. É também no final da segunda década do séc. XX, que se vai assistir a um período de verdadeira renovação teatral e estética e que corresponde a uma das fases mais interessantes e criativas da história do desenho teatral na Europa e no nosso país. Esta verdadeira revolução plástica, entre nós encabeçada pelo pintor Almada Negreiros (influenciado, sobretudo, pelos Ballets Russes), vai levar para o Teatro e restantes Artes do Espectáculo uma geração de pintores e artistas plásticos ligados ao modernismo, dos quais estão representados nesta colecção do Museu os seguintes: (...)” “Júlio de Sousa (1906-1966 ), pintor, músico, escultor, poeta e desenhador de grandes recursos artísticos e teatrais;” In: http://museudoteatro.imc-ip.pt/pt-PT/coleccoes/Figurinos/ContentDetail.aspx “Uma figura mítica pela noite do Bairro Alto e das casas de fado , onde compõe muitos fados sendo o mais cantado <>. “O Teatro também era uma forma de Júlio de Sousa ganhar a vida como pintor e figurinista tendo deixado obras de arte assinadas por si ! Um figurino de Júlio de Sousa para um espectáculo de revista. Abraços e beijinhos; PAULO VASKO. Ligado. 23 janeiro 2010 - In: http://www.fotolog.com.br/luzesdaribalta/81041882/ No libelo contra a as Guerras em em Julho de 2009 – “Domingo, 27 de Julho de 2008 ANTÓNIO PASSÃO... Fadista - Para além de Fadista, é cronista de Fado num programa próprio " Oficina do fado" que mantém há vários anos na " Rádio Voz de Alenquer",artista plástico e escritor. OS SENHORES DA GUERRA - Não Gostam de Fado Livro de Edição do Autor, com as dimensões de 16,5 X 23, 5 cm, 312 páginas com imagens a preto e branco e Capa aveludada a cores. O livro tem o prefácio da autoria do poeta José Luis Gordo. Tomo a liberdade de transcrever na íntegra uma crónica do autor, retirada das páginas 248, 249 250, crónica esta que inspira o título dado ao livro. Volto ao que é nosso - O FADO - e na verdade, fados houveram, que deles se retiraram grandes lições. Em vez disso, outros exemplos existem que contaminam e alteram para a vida e para a sociedade com toda a experiência e carregados dos piores sentimentos dos quais o homem se deve envergonhar. Que bom seria que em vez de mísseis e canhões em jornal televisivo, nos deliciassem com um bonito concerto de Guitarras Portuguesas. Por outro lado, aos "senhores" das guerras, lhes cantassem - na sua língua - um fado que o poeta e escultor Júlio de Sousa escreveu há já umas décadas a que deu o título - "Antes Nada saber": “SENHOR PERDOAI. PERDOAI/EU NÃO SABIA/QUE A VIDA NÃO ERA SOMENTE/O QUE EU QUERIA./CRIANÇAS TÃO LINDAS CHORANDO/E HOMENS ARMADOS REZANDO/PELOS SEUS IRMÃOS, DE CRENÇAS IGUAIS,/MAGOADAS,/E MÃES QUE EMBALAVAM DE AMOR/OS FILHOS MORTOS.../E FLORES NOS JARDINS DA CIDADE,/PISADAS.../E JOVENS QUE QUERIAM CANTAR,/VELHICE INCONSCIENTE QUE RIA.../SENHOR PERDOAI,/MEU DESABAFAR/EU NÃO SABIA.../Júlio de Sousa, além de muitos outros esplêndidos fados, foi também autor da imortalizada - "saudade, vai-te embora" In: http://lisboanoguiness.blogs.sapo.pt/2008/07/ 12/07/2012 – 18:10 hrs. No Teatro de Revista no Parque Mayer/Lembrança - “Sunday, July 05, 2009/Musicas & Músicos na Galeria de Arte do Teatro Municipal de Vila Real até 31 de Julho/Por: Osvaldo Macedo de Sousa - O teatro de Revista, apesar de eventualmente incomodo, porque humorístico, satírico irónico com alguns poderes e ideias conservadoras, servia como descompressor de irreverências controladas da sociedade. No campo da música, este género de teatro servia para sustentar muitos músicos, maestros, compositores e servia como rampa de lançamento para cantores e cantadeiras do fado (e não só). Daqui saíram muitos sucessos e grandes carreiras musicais. A caricatura foi acompanhando estas actividades, primeiro essencialmente na pena de Amarelhe, depois na de Manuel Santana, o Pacheco e, finalmente, Jorge Rosa. É certo que outros artistas lhe fizeram alusões (mais Fernando Bento, Júlio de Sousa, Pragana…) e por lá se passearam de vez em quando, contudo aqueles artistas eram especialistas do Parque Mayer. (...) Uma das criações de António Ferro nesta indústria radiofónica, foi a do Centro de Preparação de Artistas da Rádio (*1) que, lá para os anos quarenta, dará os seus frutos, substituindo o Fado pela Canção, os fadistas pelos cançonetistas, os amores trágicos por amores mais tristemente românticos. (*1 - Por onde passou o Armando Augusto Pereira de Souza Malveira, seu sobrinho, em 1947 – N. do A.) (...) In: http://humorgrafe.blogspot.com.br/2009_07_01_archive.html 12/07/2012 – 18:oo Hrs. Em 18/04/2010 – Depoimento de Paulo Vasco. “Julio de Sousa, Nasceu em 1906 e faleceu em 1966 Figura célebre da noite Lisboeta foi um ilustre faz-tudo no mundo da arte: escultor, pintor, compositor, maquilhador de cinema, artesão de fantoches para o teatro de “Mestre Gil”. Foi também autor de muitos fados ainda hoje cantados no País inteiro como: “Saudade vai-te embora”, “Não se morre de saudade“, ”Mau olhado”, “Vim para o fado“ etc. Grandes fadistas interpretaram os seus fados como Berta Cardoso, Fernanda Maria, Eduarda Maria, Natércia da Conceição, Celeste Rodrigues, Carlos do Carmo, etc. As suas noites começavam sempre numa casa do Bairro Alto “A Baiuca“ ainda hoje existente e depois era a visita a todas as casas de fados onde se cantava o fado e confraternizava até de manhã! Saudades desses tempos que não voltam mais! Embora não sendo saudosista há coisas que nos deixam saudades como quando acabávamos a 2ª sessão do teatro iamos como que em peregrinação à “Viela“ ouvir a Beatriz da Conceiçao ou a Celeste Rodrigues. Ao Faia ouvir a Dona Lucilia do Carmo. Ao solar da Hermínia ouvir a minha diva Hermínia Silva. À “Adega Mesquita“ ouvir o Fernando Maurício ou a Eduarda Maria. À “Transmontana” ouvir Mário Rainho e com sorte encontrávamos o Ary dos Santos, enfim tempos bons! que dificilmente se repetirão! Abraços e beijinhos. PAULO VASKO.” In: http://www.fotolog.com.br/luzesdaribalta/79729031 - 18/04/2010 – 10:55 hrs. Em 21/06/2010 – Fado como Patrimônio Imaterial da Humanidade, com lembrança de Júlio de Souza/”Ontem, na RTP2, o Fado, particularmente a sua Candidatura a Património Imaterial da Humanidade, foi tema do programa Câmara Clara. Logo a abrir, apresenta-se, do documentário Fado Celeste, um (mau) momento do depoimento de Celeste Rodrigues em que a própria divaga sobre a interpretação do "Saudade vai-te embora", não se alcançando bem o que pretende dizer para além de que a sua interpretação era tão excelente que até chegava a cantar esse fado 9 vezes por noite, a pedido do público, na que foi a sua casa de fados, a Viela; não quereria dizer, por certo, que o autor entendesse e lhe tivesse dado indicações para interpretar esta brilhante composição, que nem escreveu para o repertório da Celeste, como quem está "toda contentinha"?! ... vale a pena relembrar e "re-ouver" aqui a magoada interpretação do próprio autor, Júlio de Sousa, que afinal também sabia cantar e que, tanto quanto sei, nem frequentava casas de fado, tendo tido a sua própria, no Bairro Alto... sendo que, habitualmente, era aí que o/as fadistas iam buscar as composições e ele as exemplificava ao piano... Ó Celeste, recordar desse modo Júlio de Sousa?!... "Não havia necessidade"! Enfim!... Entrando propriamente no programa, ouvimos as razões e as lições de Sara Pereira e de José Pracana e ficámos com aquela estranha sensação de ouvir agora, como novas, coisas que têm vindo a ser ditas por várias pessoas que apenas não têm tido a devida visibilidade... um pouco como a questão das autorias, há quem tenha as ideias e depois quem as apresente como suas... pouco importa! Por certo, para alguns de nós, o Fado será sempre o mais importante.” In: Publicada por Fadista em 21.6.10 http://fadocravo.blogspot.com.br/2005/07/loucura-no-jansen.html 12/07/2012 – 19:00 Hrs. No libelo contra a as Guerras em em Julho de 2009 – “Domingo, 27 de Julho de 2008 ANTÓNIO PASSÃO... Fadista - Para além de Fadista, é cronista de Fado num programa próprio " Oficina do fado" que mantém há vários anos na " Rádio Voz de Alenquer",artista plástico e escritor. OS SENHORES DA GUERRA - Não Gostam de Fado Livro de Edição do Autor, com as dimensões de 16,5 X 23, 5 cm, 312 páginas com imagens a preto e branco e Capa aveludada a cores. O livro tem o prefácio da autoria do poeta José Luis Gordo. Tomo a liberdade de transcrever na íntegra uma crónica do autor, retirada das páginas 248, 249 250, crónica esta que inspira o título dado ao livro. Volto ao que é nosso - O FADO - e na verdade, fados houveram, que deles se retiraram grandes lições. Em vez disso, outros exemplos existem que contaminam e alteram para a vida e para a sociedade com toda a experiência e carregados dos piores sentimentos dos quais o homem se deve envergonhar. Que bom seria que em vez de mísseis e canhões em jornal televisivo, nos deliciassem com um bonito concerto de Guitarras Portuguesas. Por outro lado, aos "senhores" das guerras, lhes cantassem - na sua língua - um fado que o poeta e escultor Júlio de Sousa escreveu há já umas décadas a que deu o título - "Antes Nada saber": “SENHOR PERDOAI. PERDOAI/EU NÃO SABIA/QUE A VIDA NÃO ERA SOMENTE/O QUE EU QUERIA./CRIANÇAS TÃO LINDAS CHORANDO/E HOMENS ARMADOS REZANDO/PELOS SEUS IRMÃOS, DE CRENÇAS IGUAIS,/MAGOADAS,/E MÃES QUE EMBALAVAM DE AMOR/OS FILHOS MORTOS.../E FLORES NOS JARDINS DA CIDADE,/PISADAS.../E JOVENS QUE QUERIAM CANTAR,/VELHICE INCONSCIENTE QUE RIA.../SENHOR PERDOAI,/MEU DESABAFAR/EU NÃO SABIA.../Júlio de Sousa, além de muitos outros esplêndidos fados, foi também autor da imortalizada - "saudade, vai-te embora" In: http://lisboanoguiness.blogs.sapo.pt/2008/07/ 12/07/2012 – 18:10 hrs. No Teatro de Revista no Parque Mayer/Lembrança - “Sunday, July 05, 2009/Musicas & Músicos na Galeria de Arte do Teatro Municipal de Vila Real até 31 de Julho/Por: Osvaldo Macedo de Sousa - O teatro de Revista, apesar de eventualmente incomodo, porque humorístico, satírico irónico com alguns poderes e ideias conservadoras, servia como descompressor de irreverências controladas da sociedade. No campo da música, este género de teatro servia para sustentar muitos músicos, maestros, compositores e servia como rampa de lançamento para cantores e cantadeiras do fado (e não só). Daqui saíram muitos sucessos e grandes carreiras musicais. A caricatura foi acompanhando estas actividades, primeiro essencialmente na pena de Amarelhe, depois na de Manuel Santana, o Pacheco e, finalmente, Jorge Rosa. É certo que outros artistas lhe fizeram alusões (mais Fernando Bento, Júlio de Sousa, Pragana…) e por lá se passearam de vez em quando, contudo aqueles artistas eram especialistas do Parque Mayer. (...) Uma das criações de António Ferro nesta indústria radiofónica, foi a do Centro de Preparação de Artistas da Rádio (*1) que, lá para os anos quarenta, dará os seus frutos, substituindo o Fado pela Canção, os fadistas pelos cançonetistas, os amores trágicos por amores mais tristemente românticos. (*1 - Por onde passou o Armando Augusto Pereira de Souza Malveira, seu sobrinho, em 1947 – N. do A.) (...) In: http://humorgrafe.blogspot.com.br/2009_07_01_archive.html 12/07/2012 – 18:oo Hrs. Em 18/04/2010 – Depoimento de Paulo Vasco. “Julio de Sousa, Nasceu em 1906 e faleceu em 1966 Figura célebre da noite Lisboeta foi um ilustre faz-tudo no mundo da arte: escultor, pintor, compositor, maquilhador de cinema, artesão de fantoches para o teatro de “Mestre Gil”. Foi também autor de muitos fados ainda hoje cantados no País inteiro como: “Saudade vai-te embora”, “Não se morre de saudade“, ”Mau olhado”, “Vim para o fado“ etc. Grandes fadistas interpretaram os seus fados como Berta Cardoso, Fernanda Maria, Eduarda Maria, Natércia da Conceição, Celeste Rodrigues, Carlos do Carmo, etc. As suas noites começavam sempre numa casa do Bairro Alto “A Baiuca“ ainda hoje existente e depois era a visita a todas as casas de fados onde se cantava o fado e confraternizava até de manhã! Saudades desses tempos que não voltam mais! Embora não sendo saudosista há coisas que nos deixam saudades como quando acabávamos a 2ª sessão do teatro iamos como que em peregrinação à “Viela“ ouvir a Beatriz da Conceiçao ou a Celeste Rodrigues. Ao Faia ouvir a Dona Lucilia do Carmo. Ao solar da Hermínia ouvir a minha diva Hermínia Silva. À “Adega Mesquita“ ouvir o Fernando Maurício ou a Eduarda Maria. À “Transmontana” ouvir Mário Rainho e com sorte encontrávamos o Ary dos Santos, enfim tempos bons! que dificilmente se repetirão! Abraços e beijinhos. PAULO VASKO.” In: http://www.fotolog.com.br/luzesdaribalta/79729031 - 18/04/2010 – 10:55 hrs. Em 21/06/2010 – Fado como Patrimônio Imaterial da Humanidade, com lembrança de Júlio de Souza/”Ontem, na RTP2, o Fado, particularmente a sua Candidatura a Património Imaterial da Humanidade, foi tema do programa Câmara Clara. Logo a abrir, apresenta-se, do documentário Fado Celeste, um (mau) momento do depoimento de Celeste Rodrigues em que a própria divaga sobre a interpretação do "Saudade vai-te embora", não se alcançando bem o que pretende dizer para além de que a sua interpretação era tão excelente que até chegava a cantar esse fado 9 vezes por noite, a pedido do público, na que foi a sua casa de fados, a Viela; não quereria dizer, por certo, que o autor entendesse e lhe tivesse dado indicações para interpretar esta brilhante composição, que nem escreveu para o repertório da Celeste, como quem está "toda contentinha"?! ... vale a pena relembrar e "re-ouver" aqui a magoada interpretação do próprio autor, Júlio de Sousa, que afinal também sabia cantar e que, tanto quanto sei, nem frequentava casas de fado, tendo tido a sua própria, no Bairro Alto... sendo que, habitualmente, era aí que o/as fadistas iam buscar as composições e ele as exemplificava ao piano... Ó Celeste, recordar desse modo Júlio de Sousa?!... "Não havia necessidade"! Enfim!... Entrando propriamente no programa, ouvimos as razões e as lições de Sara Pereira e de José Pracana e ficámos com aquela estranha sensação de ouvir agora, como novas, coisas que têm vindo a ser ditas por várias pessoas que apenas não têm tido a devida visibilidade... um pouco como a questão das autorias, há quem tenha as ideias e depois quem as apresente como suas... pouco importa! Por certo, para alguns de nós, o Fado será sempre o mais importante.” In: Publicada por Fadista em 21.6.10 http://fadocravo.blogspot.com.br/2005/07/loucura-no-jansen.html 12/07/2012 – 19:00 Hrs. Sem data/Trancrição de recorte de Jornal “Diário Popular” de Lisboa/PT – “Júlio de Souza foi homenageado na “Tábua Rasa”/Durante o habitual jantar da tertúlia “Tábua Sem data/Trancrição de recorte de Jornal “Diário Popular” de Lisboa/PT – “Júlio de Souza foi homenageado na “Tábua Rasa”/Durante o habitual jantar da tertúlia “Tábua Rasa"

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